A carne que eu mais gosto é a Maronesa. É uma carne maravilhosa. É das melhores carnes que já comi. O que a distingue das outras carnes é o amor com que é produzida; o pasto e a maneira como os animais são tratados…

A “Terra Maronesa” é uma comunidade prática que pretende, a partir de uma abordagem holística e sistémica, valorizar o território habitat da raça bovina autóctone “Maronesa” e um vasto património alimentar nas suas diferentes vertentes económica, cultural, social, ambiental e turística.
A raça Maronesa define-se como uma raça de montanha, primitiva, natural e rústica. O seu nome oficial responde à toponímia da Serra do Marão. A base geográfica da exploração da raça bovina Maronesa, engloba fundamentalmente, duas regiões naturais – a do Alvão-Marão e a da Padrela.
A carne que eu mais gosto é a Maronesa. É uma carne maravilhosa. É das melhores carnes que já comi. O que a distingue das outras carnes é o amor com que é produzida; o pasto e a maneira como os animais são tratados…
Esta raça de bovino, autóctone, é muito importante para manutenção da paisagem. Consome praticamente toda a vegetação, fixa o solo, e até alimenta os lobos… no fundo torna este ecossistema sustentável e equilibrado.
Os grandes herbívoros têm um papel importantíssimo na reciclagem de nutrientes, na disponibilização de nutrientes para a flora, na manutenção de habitats, e em específico em Portugal, mas também para controlo e manutenção de espécies lenhosas.
A vaca, e esta forma de maneio em particular, acaba por ordenar a paisagem em mosaico e esse mosaico presta-nos muitos e variados serviços. Ao estar compartimentado, contribuiu para a diminuição de incêndios, protege o solo, e cria habitat para um conjunto de espécies.
O Governo deve reconhecer os serviços de ecossistema, prestados por rebanhos para gestão de combustíveis. Isso seria o reconhecimento que estes animais – bovinos ou outros – prestam um serviço à sociedade. A maronesas são exemplo disso mesmo.
A oportunidade são as valências deste animal, que tem uma componente económica importante, uma carne excepcional e que, para além disso, faz um trabalho invisível, mas que é extremamente importante para o território, que é a paisagem.
Desfrutar de um prato de carne maronesa, sentados à mesa com colegas e amigos, a recompor dos esforços que o estudo implica, é uma forma simples e saborosa dos alunos da Universidade de Coimbra contribuírem para um ambiente melhor, que afinal é o seu habitat.
Num certo lugar de Portugal, no Norte do país, perto de Vila Real, existe uma serra onde os xistos e os granitos se misturam com uma biodiversidade excecional. Nessa serra há caminhos estreitos e difíceis de percorrer que nos conduzem a lugares absolutamente mágicos.
“A Terra Maronesa é uma terra de gente que sonha mas de pés assentes no chão. É uma terra com história mas de olhos postos no futuro. É uma terra que faz questão de respeitar o seu legado cultural, sem prejuízo de definir estratégias para os desafios incontornáveis do século XXI!”