Vaca maronesa produz a “melhor carne do mundo”

A vaca maronesa ganhou na semana passada uma competição – oficiosa, como os próprios admitem – em Espanha que procurava “a melhor carne do mundo” entre 13 raças diferentes, segundo a publicação de gastronomia galega Boísimo. A raça do Marão e Alvão era a única representante nacional mas competia com a comum Holstein-Frison (a das malhas pretas), a Angus ou a dispendiosa Wagyu, do Japão. O projecto, o Fisterra Bovine World, criou durante 24 meses as várias raças autóctones, assegurando que os animais tinham a máxima pureza e idade semelhante, num quinta galega onde comeram exactamente o mesmo: milho e pastos litorais. 

O projecto, uma ideia de dois sócios da Discarlux, uma empresa de distribuição de carne madrilena, promove o método galego de criação de bovinos e pretendia, não só conhecer melhor as suas potencialidades, como homenageá-lo. De todo o mundo chegaram raças com diferentes morfologias, incluindo da própria Galiza. E ao fim de dois anos, uma sobressaiu: a nossa maronesa. Note-se que Portugal tem mais 14 raças autóctones, sendo que uma delas – a Cachena – estava também em competição, mas representando igualmente a Galiza, onde tem bastante expressão.

A competição entre as 13 raças na Galiza desenvolveu-se numa quinta em Trasmonte. A região foi escolhida pela sua cultura e características próprias na criação de gado. O processo de eleição teve em conta aspectos diversos, como o aspecto da carne, o sabor e uma análise física e química do produto.

A etapa seguinte do projecto consistirá no aprimoramento das cinco melhores raças, através de medidas como mudanças na alimentação, durante os próximos dois anos, até finais de 2022. Segundo a publicação Boísimo, “alguns restaurantes já estão a reservar os cortes do próximo período de cria em Trasmonte”. 

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